domingo, 22 de novembro de 2009
Impressão - Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense
Para a impressão do Boomerang a Pé de Mosca contou com a colaboração da ETEPA - Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense.
Os alunos Tiago e Hernâni, finalistas do curso Técnico de Artes Gráficas foram os responsáveis pela impressão e acabamentos deste livro. Este trabalho inclui-se na sua Prova de Aptidão Profissional.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Boomerang, de Pedro Eiras
Boomerang. 27 postais. Sobre a Europa ou os seus fantasmas. Poderia ter sido mais um livro mas afinal é um trânsito. Ir e vir. Escrita sobre a escrita sobre a escrita. Recuo histórico. E depois sobre o presente: desafiar a miopia. Aceleração do tempo. 27 vezes, menos uma, porque há sempre o imponderável. Ensaios postais crónicas relatórios de leitura. Acordos e desacordos. Para desmontar perder dispersar.
Colecção O Rato da Europa - direcção de António Preto
O Rato da Europa apresenta-se como uma colecção de textos inéditos, onde se pretende desenvolver, através dos mais variados géneros, ângulos de abordagem, pontos de vista e subterfúgios, uma reflexão alargada, não só sobre o lugar de portugal na Europa como, também, sobre a relação de Portugal com a Europa. Se o primeiro problema que se coloca é, desde logo, o de tentar perceber se as duas coisas são ou não a mesma coisa, se este confronto é ou não uma antinomia, outras questões, que aqui decorrem, passarão forçosamente pela aferição das taxas de câmbio das representações, pela afinação da balança comercial das identidades, pela identificação do que continua a ser contrabando, pela revisão das fronteiras de um horizonte europeu que se define por aquilo que propõe ou que se funda naquilo que rejeita. É, pois, urgente saber se chamamos Europa a um acordo de boa vizinhança, que nos permite ir a Bruxelas pedir um raminho de salsa para a tortilha, se a Europa é um diálogo, uma abertura, uma construção colectiva, se é a Europa um projecto político comunitário ou um conjunto de normas sanitárias e de directrizes para a calibragem das maçãs, se a Europa das cruzadas é, hoje, pátria de cavaleiros que se batem pela democracia ou terra de vilões dispostos a tudo pilhar em nome da mesma democracia, se o velho continente se transformou ou não num shopping vigiado, onde os cidadãos se confundem com os consumidores, ou se a Europa é, afinal, o nome do arame farpado que estendemos ao longo do Mediterrâneo.
Na era das low cost, numa altura em que já ninguém vai comprar caramelos a Espanha, desafiámos alguns escritores a partilharem connosco as suas ideias e inquietações. Feitas as malas, a viagem inicia-se com Boomerang, de Pedro Eiras: um conjunto de 27 textos sobre as representações da Europa na literatura portuguesa do século XIX até ao presente.
A próxima paragem aparecerá em breve.
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